segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Cadeira


A Wunda Chair, popularmente conhecida como cadeira, é o aparelho que apresenta maior grau de dificuldade dentre os utilizados pelo pilates. Ele exige muito “controle de centro”, ou seja, é preciso concentrar-se quanto à postura da coluna e manter o equilíbrio. Isso ocorre porque na cadeira, como o nome já diz, o praticante deve estar sentado ao invés de deitado, e essa posição não lhe dá apoio nas costas.
Os principais objetivos da cadeira são fortalecer as pernas e o abdominal. O equipamento conta com um suporte móvel inferior onde o aluno posicionará os pés, a fim de movimentar suas pernas, esticando as molas engatadas entre a base e esse suporte. Estão dispostas quatro molas que podem ser combinadas entre si pra uma menor ou maior carga de resistência.

Cama


Batizado originalmente de Reformer, este equipamento trabalha sobretudo as pernas, podendo agir também sobre a coluna (articulando-a), os braços e a cintura pélvica. A cama é tida como o primeiro aparelho a ser desenvolvido por Joseph H. Pilates na década de 20. Na época, leitos de hospitais eram equipados com molas, e após, o equipamento foi aperfeiçoado de forma que a parte da cama em que o praticante deita-se fosse móvel. Essa mobilidade é feita normalmente com base na força das pernas, que se apóiam numa barra de aço na base do equipamento e esticam as molas enganchadas entre essa base e a área móvel da cama. Na sua outra extremidade estão posicionadas cordas com argolas nas pontas. Tal acessório é posicionado nas mãos ou nas pernas suspensas no ar, e, mais uma vez as molas da base oferecem resistência, uma vez que, ao puxar as cordas para si, o aluno estica essas molas. O aparelho dispõe de cinco molas de tensões diferentes que podem ser combinadas entre si de acordo com o grau de dificuldade desejado.
Dentre as técnicas aprendidas na primeira aula, a principal é a da estabilização da coluna. Assim como nas molas de parede, a maioria dos exercícios da cama é feita com o corpo deitado, posição que além de oferecer maior conforto, facilita a postura correta da coluna.

Trapézio


Originalmente chamado de Cadilac, esse aparelho tem como principal função trabalhar a cintura escapular (da cintura para cima). Há também exercícios de perna, mas isso não é seu foco. A maior parte de suas atividades age em função do abdominal superior (barriga), dos abdominais oblíquos (cintura), dos braços e da mobilização da coluna.

As principais técnicas utilizadas (dentre as aprendidas na primeira aula) são a da depressão da escápula (manter os ombros afastados das orelhas) e a da contração isométrica abdominal (manter o abdômen rígido, forçando-o para dentro).
O trapézio dispõe de oito molas principais que são enganchadas numa barra de ferro onde o praticante posicionará suas mãos ou pés, a fim de puxar tal barra para si ou empurrá-la, exercendo, assim, pressão contra as molas. Essas molas são combinadas entre si para proporcionar menor ou maior resistência (no caso da técnica explicada acima) ou assistência, no caso de a barra ajudar o aluno a erguer seu corpo. Quanto mais intensa a força da mola, mais difíceis serão os exercícios de resistência e mais fáceis serão os de assistência. Há, ainda, duas molas secundárias destinadas aos acessórios adicionais do aparelho.

Molas


Os aparelhos principais do pilates se baseiam no trabalho com molas. Esses exercícios trabalham a chamada força isocinática, aquela que ocorre quando o corpo se movimenta.

Engana-se quem acredita que quanto mais forte for a mala, mais exaustivo será o exercício. Elas podem ser utilizadas de duas maneiras:
• Resistência: é quando o praticante precisa fazer força contra a mola para esticá-la;
• Assistência: ocorre quando a mola serve para facilitar determinado exercício, pois “puxa” o corpo da pessoa.

Existe um equipamento próprio do pilates chamado molas de parede. Nele, o principal objetivo é alongar e fortalecer a musculatura. A maioria dos exercícios realizados com as molas de parece mantém o aluno deitado, o que dá mais conforto e facilita a postura correta, pois proporciona uma base de apoio para a coluna e a cabeça. Este aparelho apresenta 14 ganchos para molas, que podem ser combinados entre si, porém, apenas duas molas são utilizadas por vez. Na extremidade oposta ao gancho, cada mola possui uma argola de pano que é encaixada diretamente nos pés, joelhos, cochas ou mãos do praticante.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Barril


Internacionalmente conhecido como Ladder Barrel, o barril é o equipamento que mais trabalha a “força parada” dentro do pilates (veja também chão e bola). Nele o foco é trabalhar principalmente o tronco com flexão, extensão e posições laterais. “O barril é o aparelho menos versátil que nós temos, mas ele é muito importante pelos exercícios de coordenação”, explica a professora Nara Cassel. Esta modalidade não utiliza molas.

Bola


Os exercícios são feitos com o auxílio de uma bola fisioterapeutica e não utilizam molas. Assim como nas atividades feitas no chão, a força mais trabalhada é a isométrica, apesar de a chamada força isocinética (na qual o corpo se movimenta) também estar presente. Os exercícios com a bola trabalham fundamentalmente o equilíbrio e o alongamento.

Primeira aula


Segundo a professora Nara Cassel da Academia Physio Pilates na cidade gaúcha de Novo Hamburgo, todo aluno pode aventurar-se em qualquer aparelho disponível. “A diferença está na seqüencia de exercícios. Conforme as necessidades e as limitações de cada pessoa, vamos selecionar as atividades ideais”, esclarece.

Nara explica que a primeira aula é destinada a exercícios no chão, o pilates solo ou pilates mat (colchão). É ali que o aluno vai aprender as técnicas da modalidade, que se dividem em dois tópicos:
• Respiração: ela é diafragmática intercostal, ou seja, é preciso sentir as costelas abrindo-se para os lados na medida em que o ar entra nos pulmões.
• Postura (são várias as regrinhas): depressão da escápula, isto é, manter os ombros afastados das orelhas; contração do abdômen, a famosa encolhida de barriga; contração dos glúteos; crescimento do eixo axial, significa manter a coluna ereta; e a estabilização da coluna, ou seja, ao deitar-se, não “colar” as costas no chão, mantendo aquela curvinha natural da coluna.

Os exercícios feitos no chão utilizam muito a chamada força isométrica, que é a força sem movimento e sem resistência, onde a pessoa deve controlar e contrair o próprio músculo sem que haja nenhuma “força contrária” ao músculo (resistência).
Existem dois equipamentos no pilates que também vão trabalhar a força isométrica: a Bola e o Barril. Esses exercícios são fundamentais, pois dão consciência sobre o autocontrole dos músculos do corpo.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Recomendação médica

O neurocirurgião e cirurgião de coluna Dr. Fernando Schmitt conhece o método pilates há dez anos e já encaminhou vários pacientes às aulas. “Depois dos 25 anos as pessoas tendem a parar de praticar exercícios físicos, isso acarreta no encurtamento de músculos e tendões. O pilates ajuda a tratar isso, pois alonga o corpo”, garante o médico. Em patologias como a hérnia de disco, além do alongamento, o fortalecimento muscular também é muito importante, portanto o pilates age duplamente. RPG, quiropraxia, osteopatia e massoterapia são outras modalidades de tratamento para problemas neurológicos, mas segundo o médico, o pilates está a frente de todos eles. “A modalidade é baseada em atividades com pouca carga que não forçam a coluna”, diz Schmitt.

A ginecologista Nora Lena Schneider praticou pilates durante dez anos, "quando me mudei de cidade não consegui me adaptar a uma nova academia", lamenta. Ela conta que já recomendou a modalidade a pacientes gestantes: "É um exercício que faz reforço muscular, dá alongamento, uma boa noção de equilíbrio e conciência corporal, tudo isso sem provocar lesões", explica a médica. Segundo ela o pilates é saudável para todas as grávidas, mas especialmente para as que têm problemas musculares e de coluna, pois eles podem se complicar ainda mais durante a gestação. Nora Lena alerta as futuras mamães que elas devem evitar exercícios que posicionem as pernas acima da cabeça por causa da pressão intraabdominal que aumenta devido ao feto.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Prêt-à-porter

Este vídeo mostra que alguns exercícios do método pilates podem ser feitos em casa, diariamente. Então, desligue-se do computador por alguns minutos e mãos (pernas, abdomem e coluna) à obra!

Pilates vide bula


Apesar do pilates ser procurado por diversas pessoas simplesmente cansadas do ritmo frenético das academias, ele tem ganhado destaque também no tratamento de patologias como hiperlordose, artrose e hérnias em geral. Vale lembrar que a técnica foi criada durante a I Guerra Mundial com o intuito de ajudar pacientes feridos a recuperar a força e a resistência dos músculos mesmo estando no ambiente hospitalar.

Mariane Korndörfer, tem 67 anos e pratica a modalidade há 4 por causa de hérnia de disco, desgaste de vértebras, discopatia degenerativa e nervos acavalados. Ela conta que apesar dos exercícios a cirurgia foi inevitável, mas que voltou ao pilates meio ano após realizá-la. “Os exercícios foram determinantes para a minha recuperação e continuo praticando como forma de manutenção”, afirma Mariane.
Segundo a professora de pilates, Nara Cassel, diversas pessoas passam por procedimentos cirúrgicos semelhantes ao de Mariane e voltam a ter dores por não realizarem essa manutenção. “Pacientes sedentários acabam ganhando peso e intensificam ainda mais o problema”, alerta ela.

Ana Cristina Rodrigues, 49, iniciou-se no pilates há 8 anos também em decorrência da hérnia, porém, na lombar. “Consultei vários me garantiram que teria de fazer cirurgia”, conta ela. Ana não fez a cirurgia, não usa mais remédios e garante que não sente mais dores. “Com o pilates eu aprendi a trabalhar meus limites”, conta.

Dorit Shüler, 74, começou a praticar pilates há dois anos em função de artrose nos joelhos. Segundo ela, os exercícios não podem curar a doença, mas ajudam a conviver com ela. “Meu médico quer me operar, colocar um joelho novo em mim, mas eu não quero. Tenho artrose há cinco anos e o pilates diminuiu muito as minhas dores”, conta.

Emília Vargas, 20, tem hiperlordose lombar e começou a fazer pilates com apenas 14 anos. “A mudança na minha postura aconteceu poucos meses depois que comecei a praticar os exercícios e as pessoas comentavam a minha melhoria. Antes minha coluna era muito curvada”, conta. Mas a mudança não foi apenas visível por fora, suas dores nas costas também diminuíram bastante. “Antes eu fazia RPG (Reeducação Postural Global), mas os exercícios são enfadonhos demais. O pilates é dois em um: trata a minha coluna deixa o corpo todo mais firme e bonito”, comemora.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Prazer em cuidar do corpo e da mente


Capa da revista Nova do mês de novembro, a atriz Débora Secco revela: “Estou praticando pilates quatro vezes por semana, antes eu já era magra, mas agora estou toda durinha”. Nem todos os mortais têm tanto tempo de sobra, mas se dedicar ao pilates duas vezes semanalmente já garante bons resultados para quem procura cuidar do corpo e da saúde.

Martina Meurer tem 46 anos e pratica pilates há 13. Ela também se dedica ao vôlei e ao tênis. Para ela, os exercícios ajudam tanto no dia-a-dia quanto no desempenho para os jogos: “Sou professora e estou sempre debruçada sobre as classes, cuidar a postura é fundamental e nos outros esportes isso não é trabalhado.” Além disso, ela conta que o pilates ajuda no alongamento do corpo, o que é fundamental para prevenir lesões em qualquer prática esportiva.

Juliana de Souza, de 51 anos, encontra no pilates uma forma de conservar a saúde e o bem estar. Ela é adepta do exercício há 12 anos, sem jamais ter parado, e conta que também fazia yoga, mas interrompeu a prática após 10 anos de aulas. “Cheguei numa etapa do yoga que se resumia a uma série de malabarismos. O pilates conjuga alguns princípios do yoga, como a respiração e a postura, porém trabalhando mais o físico.” Para ela, o pilates tonifica os músculos, dá mais disposição para a realização das tarefas diárias e também trabalha a consciência corporal.

Rosane Gonçalves, de 46 anos, concorda com a colega Juliana: “Uso fora da academia o que aprendo no pilates sobre respiração e postura. Meu modo de carregar sacolas no supermercado, por exemplo, mudou.” Ela pratica a modalidade há 8 anos e não pretende parar tão cedo. “Além de relaxarem, os exercícios tonificam os músculos visivelmente”, garante.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Saúde e bem-estar


Pilates é uma técnica de exercício criada em 1920 pelo enfermeiro e atleta alemão Joseph H. Pilates. Sua finalidade é trabalhar os músculos e articulações, tonificando-os para a melhorar a postura e a flexibilidade do corpo. Cuidados com a respiração também caracterizam a prática do exercício.

Nos últimos anos o Pilates tem ganhado notória popularidade. As academias especializadas multiplicam-se e são procuradas por gente de todo tipo: pacientes que sofrem com hérnias, pessoas cansadas da falta de assistência nas acadêmias de ginástica convencionais, idosos, gente com problemas posturais, empresários sobrecarregados pelo trabalho, dançarinos, e até mesmo quem almeja a forma física de Madonna e Demi Moore.

Gostaria de apresentar aqui entrevistas, curiosidades e dicas sobre esta forma de exercício que não pára de agregar fãs. Sejam bem vindos!